O PASSARINHO
02/10/2024 O PASSARINHO... DE NOVO E OUTRA VEZ
Bom, hoje aconteceu de novo, 16 anos depois. Hoje temos um gato chamado Xerife, e ele pensa que é xerife mesmo! Pegou um passarinho e trouxe pra casa. Minha filha me chamou para “dar um jeito”, porque o passarinho estava machucado. Como eu não estava com vontade de sacrificar ninguém hoje, falei pra ela dar um jeito. Afinal, ela tem 24 anos!
Bom, ela deu “um jeito”. Levou o passarinho pra fora e tentou fazer ele voar. Nada! A asa estava machucada. Então... ELA LEVOU AO VETERINÁRIO! Uma titica de passarinho, que nem sei que tipo é, igual aos milhares que a gente vê por aí todo dia. O veterinário, muito prestativo, enfaixou a asa do pequeno e mandou pra casa (no casa a nossa!), com algumas recomendações: trocar o curativo e passar uma pomada cicatrizante. Que se cuidar ele sara e volta a voar.
Bom, minha filha foi pra aula e eu, pobre mãe, fiquei encarregada de cuidar do passarinho até ela voltar às 23hs.
E todo dia eu peço a Deus que nenhum filhotinho abandonado, apareça na frente dela... Porque ela vai trazer pra casa!
01/12/2008 O PASSARINHO...
Nós temos em casa um cão Labrador, o nome dele é Guizmo. Quem tem ou já teve um cão labrador ou então leu o livro Marley e Eu, sabe do que estou falando. Guizmo tem oito meses e simplesmente não tem sossego um minuto. Tudo ele mexe, tudo ele mastiga, nada, simplesmente nada, fica em ordem com ele por perto. Come feito um desesperado e faz aquilo que vocês imaginam, também em quantidades enormes.
Algumas semanas atrás, num dia de chuva forte, ele apareceu com um passarinho na boca. Quando vi, tirei dele, mas já era um pouco tarde. O passarinho estava vivo, mas com as asas machucadas. Não podia voar, nem se mexer direito.
Meus filhos, de quinze e dezoito anos, quando viram disseram para mim que o passarinho logo estaria morto. Queriam que eu o jogasse no lixo. Minha filha de oito anos ao contrário, pediu para que cuidássemos dele. Tentei convencê-la de que o passarinho provavelmente não ia sobreviver, que não tínhamos gaiola, nem comida de pássaro, mas não adiantou. Assim resolvemos cuidar do pássaro.
Arrumei uma caixa de sapato e colocamos o passarinho lá na varandinha dos fundos. A caixa ficava no chão e colocamos migalhas de pão e água para ele. Achei que ele não ia sobreviver àquela noite. No entanto, no dia seguinte lá estava ele, ainda na caixa. Passaram-se alguns dias e ele foi se recuperando milagrosamente. Como? Se ele não comia as migalhas que colocávamos para ele? Minha diarista então me contou um fato intrigante: outros passarinhos vinham trazer comida na boca dele. Talvez a mãe dele, afinal ele ainda era um filhote.
Minha filha todo dia ao acordar ia ver como ele estava. E ele foi sarando, primeiro subiu na beira da caixa, depois na beira da varanda, depois foi até o muro e voltou. Comecei a ficar intrigada. Ele não estava preso, no entanto não ia embora. Podia pegar ele na minha mão! E ele a cantar sempre: Bem-te-vi, bem-te-vi, bem-te-vi...
Bem,
chegou um dia em que finalmente ele voou e não voltou mais. Pensei de manhã que
minha filha ,quando acordasse, ficaria muito chateada. Mas, ela com a sabedoria
dos seus oito anos me disse: Mãe, ele
voltou pra casa! A mãe dele vai muito ficar feliz!
Ângela Rocha
Contos do dia a dia....
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