Um mundo a parte: a amizade virtual
Há
algum tempo atrás só conseguíamos fazer amigos se nos encontrássemos
fisicamente com alguém. Mas isso mudou. Hoje podemos ter amigos no mundo
inteiro, falar com esses amigos e vê-los em tempo real através de uma webcam. Mas há quem diga que essas
amizades são efêmeras e duram o tempo de uma nova atualização do software. A
cada segundo tudo se renova no mundo da internet e o chamado “ciberespaço” se expande
e muda a cada instante.
E
assim mudam os interesses e multiplicam-se as “amizades”. Dizer que
relacionamentos assim são menos verdadeiros que aqueles que fazemos no nosso
dia-a-dia é, no mínimo, presunção. Pois muitos relacionamentos originados na
internet transformam-se em contato físico e em “presença”. Quantos destes
relacionamentos sobrevivem, não podemos precisar, mas sabe-se que até
casamentos começam assim.
Fato
é que, a internet deixou de ser uma “ferramenta” de comunicação e passou a ser
um “universo” a parte em nossos relacionamentos. Podemos claramente dizer que
temos uma “outra vida”, além daquela comumente vivida no cotidiano do trabalho,
escola, família e amigos. Temos nossas páginas, estamos em todas as redes
sociais e a cada dia surgem novas formas de se comunicar, “visitar” e fazer
amigos virtuais.
E
esses amigos passaram a fazer parte de nossas vidas, tanto quanto aqueles que
conhecemos nossa vida toda. Às vezes de uma maneira mais intensa até. Isso
porque é mais fácil derramar nossos sentimentos quando não temos que nos
deparar com os olhos reprovadores da outra pessoa. È mais fácil confessar
nossas falhas e nossos limites sem a presença física de alguém que, certamente,
teria algo a dizer. Dá para conceber monólogos de páginas inteiras sem qualquer
intervenção em sua fala. Dá para deletar frases que não queremos na verdade
dizer... Assim como dá para “apagar” o amigo, quando ele não se faz mais
necessário ou se descobrimos nele, algo que nos desagrada.
Estranho
dizer isso depois de afirmar que amizades na internet podem ser mais intensas?
Não. Acredito que não. Assim como é fácil fazer amizade na internet, é mais
fácil ainda, “desfazê-la”. Dificilmente nos encontraremos “por acaso” no
ciberespaço e ensaiaremos uma conversa constrangedora. Esse é o novo modelo de
amigo. Que de uma relação estreitamente cultivada pode passar a uma ignorância
total de existência. Basta que se perca o contato, que se apague o e-mail ou
bloqueie a conta ou qualquer ou serviço de mensagem. Acaba-se aí um
relacionamento sem cobranças ou encontros embaraçosos. Simples assim. Apaga-se
o rastro da pessoa de seu servidor e será como se ela nunca tivesse existido. Pensando
assim, acho que alguns casamentos deveriam ser concebidos só no mundo
virtual...
Mas,
para mim, amizade sempre será AMIZADE, seja ela real ou virtual. Precisa ter as
mesmas características e os mesmos sentimentos, precisa se verdadeira,
autêntica, fidedigna, genuína e legítima. O amigo ama e pronto! O resto é
consequência.
Já
dizia Aristóteles: “...uma só alma que habita dois corpos”.
Ângela
Rocha
Catequista
È, Você sempre escrevendo coisas incrível, A amizade quando verdadeira se torna duradoura seja de qual forma for! Pena que amigos verdadeiros ta cada vez mais difícil e escasso!
ResponderExcluirAmizade,carinho,atenção ,são coisas que jamais serão apagadas,são momentos que ficam gravados,coisas que são ditas em momentos ruins e que nos ajudam a a passar por aquilo,são pequenos gestos de atenção feitos por pessoas como você u nunca teve nada de virtual e agora ainda é mais real,obrigada por sua amizade,bjs. Darlene
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmadora, sim! Fui verificar o significado da palavra amadora, e constatei não ser o que eu entendia. Amadora é aquela que ama o que faz. E pela beleza de suas palavras, pelos encontros que você postou, percebe-se que você ama ser catequista. Parabéns, Ângela! Paz e bem!
ExcluirIsso é verdade: amo a catequese, amo a missão para a qual Jesus me chamou.
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