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Mostrando postagens de 2015

DIAS DE VENTO...

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Gosto dos dias de vento. Sempre que o ouço balançando as minhas janelas, não resisto a espreitar lá para fora para ver tudo o que ele mexe... Quando temos o coração acordado, até o vento pode conversar conosco. E dizer-nos muitas coisas importantes... A mim, que em frente à janela do meu quarto tenho muitas árvores, o vento fala-me sempre da importância das raízes. Sim, gosto dos dias de vento, porque me lembram a importância de ter raízes. Às vezes, parece que vivemos sem chegar nunca a lançar raízes profundas. Ter raiz significa encontrar um sentido verdadeiramente válido para viver, um sentido daqueles que as primeiras tempestades de inverno derrubam, perene, mais forte que a morte, como o Amor. Um dia, Jesus disse tudo isto contando a parábola das duas casas. “Era uma vez um homem insensato, que construiu a sua casa sobre a areia: veio a chuva, o vento e a tempestade e a casa ruiu. E havia um outro homem, este sábio, que construiu a sua casa sobre a rocha: ve

SACUDINDO O PÓ DAS SANDÁLIAS

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“Quanto àqueles que não vos acolherem, ao saírem daquela cidade, sacudam o pó das suas sandálias, para que sirva de testemunho...”.  (Lucas 9,5) Eu sempre me perguntei o que exatamente Jesus quis dizer nessa passagem bíblica. Ela sempre foi para mim objeto de espanto, em princípio ela parece uma atitude muito rigorosa. Mas, por que Cristo instruiu os discípulos a agirem assim? Parece uma recomendação um tanto dura com relação ao trabalho missionário. Teria ele ficado indignado com aqueles que se recusavam a ouvir sua mensagem? Ou estaria “lavando as mãos”? Qual é, realmente, a nossa responsabilidade quando as pessoas, simplesmente, não querem nos ouvir? Pois bem, essas minhas inquietações estão bem condizentes com o momento que estou vivendo. Estou me sentindo bem fracassada nesta minha última “aventura” em ser catequista numa comunidade e fazer parte dela. Tentei durante três anos, modificar algumas coisas na catequese, implantar novos projetos e ser aceita como uma pes

Bonita que só ela!

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Estamos habituados a revoluções feitas com armas, que deixam um fio de sangue a escorrer no chão… Estamos habituados a confiar nas mudanças que são impostas pela força, porque nos queixamos muito da violência, mas, é sempre a ela que recorremos quando queremos que as coisas fiquem diferentes… É por isso que o Evangelho ainda nos parece tão estranho, às vezes…Porque nos conta a história de uma revolução feita de ternura. Porque o Evangelho nos conta a mudança mais decisiva que foi introduzida no mundo, mas é uma mudança selada pela mansidão e pela não-violência. Era uma vez uma mulher, bonita que só ela, uma mulher que vivia numa aldeia pequenita da Galileia chamada Nazaré, e ficou para sempre ligada à história que muda a história! O nome dela era Maria e foi da sua boca que nasceu o hino mais revolucionário que se tinha ouvido alguma vez. Foi uma exultação de alegria, porque há revoluções que nascem da Felicidade! Foi um clarão de Esperança, porque há revoluções que nasc

SABER OUVIR...

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Thomas Edison, o inventor da lâmpada, perdeu boa parte de sua capacidade auditiva quando tinha doze anos de idade. Só podia ouvir os ruídos e gritos mais fortes. Isso, no entanto, não o incomodava. Certa vez, indagado a respeito da sua deficiência, respondeu com serenidade: " não ouço um passarinho desde meus doze nos, mas em vez disso constituir uma desvantagem, minha surdez talvez tenha sido benéfica para mim. Ela encaminhou-me muito cedo à leitura e, além disso, pude sempre concentrar-me com rapidez, já que me encontrava naturalmente desligado de conversações inúteis ."  A singela observação guarda grande ensinamento. A maior parte de nós tem plena capacidade auditiva, mas isso não significa necessariamente que tenhamos o dom de saber ouvir. Embora a audição seja uma dádiva maravilhosa, não há como negar que poucos, poucos de nós, dominamos a arte de ouvir. Ainda não conseguimos ouvir os queixumes dos outros sem que atravessemos um comentário a respeito da no

FAZER O QUE SE GOSTA...

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Fazer o que se gosta. Simplesmente. Fazer pelo prazer genuíno da coisa. Com aquela sensação interna de quem sabe que aquilo te faz um bem enorme e ponto.  Eu gostaria de ser sempre assim. De fazer sempre assim... Fazer o que se gosta, o que se tem pra fazer de verdade. Fazer o que não me perturba, não me adoece, o que antes não me faz pensar no outro, só no outro... Ou no dia de amanhã, ou no futuro próximo ou longínquo. Apenas a entrega tranquila  de quem vive o que tem pra viver e faz o melhor possível. Dando valor ao que penso, a vontade extremada de dar um abraço e apenas aconchegar o coração ao peito de alguém. Você já sentiu isso? Tenho sentindo isso todos os dias... E tem aquele segundo, aquele momento que você olha e está tudo lá, tudo como tem que estar, mesmo que não seja exatamente no “lugar”. Fazer simplesmente o que se gosta e se tem vontade. Aquilo que só você tem certeza, lá no fundo do coração, uma certeza que só você ouve, só você sabe, não

EDUCAÇÃO NÃO TRANSFORMA O MUNDO. EDUCAÇÃO MUDA AS PESSOAS. PESSOAS TRANSFORMAM O MUNDO.

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(Paulo Freire, educador brasileiro que transformou a educação no Brasil). A fé não transforma o mundo. A fé (Jesus) transforma as pessoas. Pessoas transformam o mundo... Catequese não transforma o mundo. Catequese muda as pessoas, Pessoas transformam o mundo... Profissionalmente eu sou PROFESSORA, na minha área de atuação profissional: contabilidade e administração. E para ser professora eu estudei bastante, fiz curso de graduação e especialização, extensão e atualização. Muito do que ensino está escrito em livros, manuais, normas, leis, diretrizes ou tem orientações de alguém que já viveu e criou este ou aquele processo. Não só “alguém”, uma pessoa só, mas várias. Leio bastante e me atualizo sempre. Também ensino pela minha experiência: fui gestora e analista de balanços e contadora. Durante mais de 20 anos ajudei empresas analisando e aprovando crédito num banco. Conheço balanços até que razoavelmente bem. E na minha área não basta só saber ler um balanço, é precis

UM TRISTE ANIVERSÁRIO...

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Hoje, os haitianos do mundo inteiro (cerca de dois milhões de haitianos vivem nos Estados Unidos, perto de um milhão na República Dominicana e mais uma porção de gente em Cuba e em outras ilhas do mar do caribe), lembram do dia mais trágico de sua história... dia 12 de janeiro de 2010, quando aconteceu o terremoto mais catastrófico no Haiti. A Cruz vermelha internacional estimou que cerca de três milhões de pessoas foram afetadas pelo abalo sísmico. O governo haitiano calculou em mais ou menos 300 mil, o número de mortos. O terremoto causou grandes danos a Porto Príncipe, capital do país. Milhares de edifícios, incluindo construções do patrimônio da capital, como o Palácio Presidencial, o edifício do Parlamento, a Catedral de Notre-Dame de Porto Principe, a principal prisão do país e todos os hospitais, foram destruídos ou gravemente danificadas. A sede da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, localizada na capital, desabou e que um grande número de funcionár

Promessas de Ano Novo

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Sempre que um ano novo chega nos prometemos mudanças. A simples passagem de um ano para o outro no calendário nos faz rever nossas atitudes e querer mudar, deixar pra trás aquelas coisas bobas que fizemos durante o ano que passou e, se possível, repetir aquilo que fizemos de bom . O ano muda... Mas, será que nós mudamos porque vai ser um novo ano? Será que todas as promessas que nos fazemos não são vazias ou apenas utopia? Já chega janeiro, o primeiro mês de um novo ano. Será que janeiro vai fazer algum efeito dentro da gente? Logo virão fevereiro, março, abril... E aí? Será que vamos mesmo mudar? Não vamos mais cometer os mesmos erros? Tento lembrar das promessas que fiz quando este ano começou. Será que cumpri alguma? Será que realmente mudei? Sinceramente não sei.  Eu sei que mudei, mas não porque prometi ou achei que o novo ano me traria coisas diferentes. Mudei por tudo aquilo que aconteceu comigo independente do calendário. Na verdade as promessas de mudança devem