UM TRISTE ANIVERSÁRIO...
Hoje, os haitianos do mundo
inteiro (cerca de dois milhões de haitianos vivem nos Estados Unidos, perto de
um milhão na República Dominicana e mais uma porção de gente em Cuba e em
outras ilhas do mar do caribe), lembram do dia mais trágico de sua
história... dia 12 de janeiro de 2010, quando aconteceu
o terremoto mais catastrófico no Haiti.
A Cruz vermelha
internacional estimou que cerca de três milhões de pessoas foram
afetadas pelo abalo sísmico. O governo haitiano calculou em mais ou menos 300
mil, o número de mortos. O terremoto causou grandes danos a Porto
Príncipe, capital do país. Milhares de edifícios, incluindo construções do
patrimônio da capital, como o Palácio Presidencial, o edifício do
Parlamento, a Catedral de Notre-Dame de Porto Principe, a principal prisão
do país e todos os hospitais, foram destruídos ou gravemente danificadas.
A sede da Missão das
Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, localizada na capital,
desabou e que um grande número de funcionários da ONU morreram, inclusive
o chefe da missão. Perdemos também a doutora Zilda Arns, pessoa incansável no
trabalho de combate a desnutrição de nossas crianças. Graças a ela
a Pastoral da Criança é uma das pastorais mais atuantes de nossa
Igreja.
Muitos países responderam
aos apelos de ajuda e enviaram fundos, expedições de resgate, equipes médicas e
engenheiros. Sistemas de comunicação, transportes aéreos, terrestres e
aquáticos, hospitais, e redes elétricas foram danificados pelo terremoto, o que
dificultou a ajuda nos resgates e de suporte; confusões sobre o comando das
operações, o congestionamento do tráfego aéreo, e problemas com a priorização
de voos dificultou ainda mais os trabalhos de socorro. Os necrotérios da
cidade não tinham suporte para receber tantas vítimas; o governo haitiano
anunciou em 21 de janeiro que cerca de 80 mil corpos foram enterrados em valas
comuns. Com a diminuição dos resgates, as assistências médicas e sanitárias
tornaram-se prioritárias.
Algum tempo depois, o país
ainda sofreu uma epidemia de cólera, trazendo ainda mais sofrimento à
população. Cerca de três meses depois da tragédia, nosso amigo Alberto Meneguzzi
esteve lá. Já havia uma infinidade de ONGs e representantes de instituições
governamentais internacionais no trabalho de reconstrução. Os relatos dele
sobre a situação do país foram impressionantes. Uma das coisas que mais me
marcou foi esta foto:
“A expressão do rosto
deste menino, um dos milhares de flanelinhas que circulam pelas ruas de
Porto Príncipe. Ele foi no vidro do carro onde estávamos e deu uma espiada. A
expressão do rosto dele é de cortar o coração... O olhar dessa criança me fez
chorar”.
E na época, dediquei
para ele esse pequeno texto:
"Tua boca não me diz.
Mas sabe do que falam teus olhos? Falam das mil dores que teu coração criança
sente... Eles falam das tantas lágrimas que nem teu pranto consegue derramar
mais... Eles não falam da esperança, que tua mão em arco pede tão
ostensivamente por detrás destes vidros que te fecham nessa realidade trágica
que é a tua vida... Mas, teus olhos tristes sabem quantas janelas fechadas te
separam do meu afago..."
Mas, uma coisa que não posso
deixar também de lembrar, são das muitas vítimas das enchentes em nosso país.
Enchentes, deslizamentos, casas alagadas, pessoas soterradas, famílias
desabrigadas que perdem absolutamente tudo que tem... que na maioria das vezes
já é pouco. E isso acontece todos os anos... Se não é em São Paulo, é em Santa
Catarina, no Rio de Janeiro, Paraná e até no nordeste. Será que o governo já
contabilizou as mortes que acabam acontecendo nestas enchentes? Será que já não
estamos perto dos 300 mil?
E gostaria também de lembrar
das nossas crianças que ficam nas esquinas pedindo trocados, dos nossos
flanelinhas...
E
não somos como o Haiti...
Não
somos um país assolado pelas guerrilhas e marcados por tragédias históricas.
Não
somos um país com um dos mais altos índices de analfabetismo e desemprego do
mundo.
Não
somos um país marcado por crendices e práticas como o Vudu.
Não
somos um país de pobres e miseráveis...
Ou
será que somos?
Ângela Rocha
Profunda reflexão! Triste realidade! :(
ResponderExcluirOlá, é com alegria que venho lhe convidar a passar lá no blog e deixar um comentário para sabermos que desejas continuar na lista dos Catequistas Unidos. A lista será atualizada e quem não responder terá seu link retirado. Conto com você!
ResponderExcluirhttp://www.catequesenanet.com.br/2015/01/catequistas-unidos-o-sonho-nao-acabou.html
Realmente nossa realidade, em muitos lugares e situações, não difere em nada da situação de muitos países mais pobres.
ResponderExcluirEstou aprendendo a lidar com o Blog. Estou na aula de internet segunda fase na Paróquia e a professora me dará meia hora antes de começar.
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