Os desafios da quarta-feira
Houve um tempo em minha vida em que as quartas-feiras
eram mágicas! Saborosas até! Era um dia especial em que eu me preparava com
afinco. Quem me lê aqui pela internet há mais de dois anos, sabe o porquê...
Sempre dediquei as minhas quartas-feiras a uma
missão. Desde meu primeiro ano nela em 2006... Era o tempo que eu tinha e o dia
que eu tinha. E com o passar dele virou um dia especial: era o DIA DE
CATEQUESE. Neste dia eu não marcava nada, jamais viajava e muito trabalho eu deixei
pra depois. E, por mais que eu preparasse e planejasse tudo em outros dias, era
aquele, o dia “mágico”. O dia do “encontro”. Nunca me senti cansada, desanimada
ou estressada pra ele. Muitas vezes fui, confesso, angustiada... por não saber
como ia ser recebida, como agir ou o que fazer diante dessas muitas
contrariedades que aparecem na missão da gente. Mas, mesmo isto, me desafiava.
E também terminei muitas quartas-feiras
frustrada... Por achar que não atingi meu objetivo ou por ser incompreendida de
alguma forma. Também chorei muitas quartas-feiras. Mas bastava uma “passadinha”
num lugar especial, dobrar os joelhos em frente a “Ele” e... pronto! Lá estava
minha coragem, meu ânimo de volta. E idéias! Luminosas, divinas, inspiradas...
E eu mal podia esperar pela próxima quarta-feira!
Não sei se por uma dessas incríveis coincidências
da vida ou por desígnio Dele mesmo, mas, apesar de estar afastada da catequese
desde o ano passado, as quartas-feiras ainda são “Dia de Catequese” aqui na
minha casa. É pra lá que minha filha vai toda quarta-feira. Está no último ano
da catequese de Crisma. E até pouco tempo atrás, este era um “caminho” que
fazíamos juntas. No ano passado dediquei minhas tardes de quartas-feiras a
esperar minha filha no pátio da Igreja. E os bancos debaixo das figueiras
bravas, são testemunhas da minha dor... Dor por ser só uma espectadora daquilo
que considero o meu palco. Onde tantas vezes fui protagonista e ativa participante.
E por mais que eu pergunte a Jesus porque Ele me
“chama” e a Igreja Dele não, eu não tenho resposta. Mas são os caminhos que tenho
que percorrer. No devido tempo, sei que a terei.
Este ano, morando um pouco mais perto da Igreja,
minha filha faz o caminho sozinha. E já nem assisto mais o vai e vem de
crianças, catequistas, mães... Mas a quarta ainda é, e muito, desafiante. Minha
filha, agora adolescente, já não vai mais pra catequese, com tanto gosto. E é
uma luta enorme, desde a hora do almoço até as duas horas, convencê-la de que
vai ser “legal”, vai ser “bom”, que preguiça é uma coisa “feia”, que Deus
precisa pelo menos dessa horinha para “falar” com ela. São as mensagens Dele, o
conhecimento da Igreja de Jesus, coisas que ela precisa TER! E não é fácil!
Fico imaginando, agora no papel de mãe, o quanto a catequista da minha filha
deve esfolar o joelho pedindo coragem em frente ao sacrário!
E na volta, quando pergunto, “E aí, como foi?”, e a resposta não passa de um breve “Bom”. E me frustro... Eu queria que esse
bom, fosse mais que bom! E me frustro mais ainda quando penso que não posso
fazer nada pra isso mudar... Sou só uma mãe agora.
Ângela Rocha
Olá querida Angela, acalme esse coração minha amiga. Ser mãe é só para as fortes...rs (Vou fazer uma imagem com essa frase para o facebook).
ResponderExcluirTá achando que a nossa missão é menor por estarmos nos bastidores? Vamos continuar nossa caminhada preparando quem prepara nossas crianças!
Beijão!!!
Eita minha amiga! Taí porque amo você de montão! rsrsrs...
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