TAMBÉM TE AMO...
Passei grande parte da minha adolescência lendo romances... De preferência aqueles que tinham finais felizes. As grandes tragédias românticas sempre me fizeram sentir demais. Daí minha preferência por folhetins melosos. Acredito hoje que isso contribuiu muito para a minha sensibilidade e mais ainda para enriquecer meu português. Motivo pelo qual sempre incentivei meus filhos e alunos a ler. Quem cria o hábito da leitura certamente vai ser um bom “falante”, senão, um bom escritor.
E dos romances tirei uma grande lição. E essa lição pode ser resumida numa só frase: “Eu te amo!”. Invariavelmente a grande polêmica de toda aventura romântica é a admissão do amor. A confissão final de que, um não pode viver sem o outro. Claro que se não houvesse percalços a separar amantes, também não haveria romances publicados! Há que se admitir então certa relutância, ignorância ou mesmo descaso para com o amor até que ele se torne imprescindível... A ponto de gerar o beijo apaixonado antes do FIM e do ponto final.
E é aí que quero chegar. Nossa vida, apesar de parecer às vezes, não é um romance com a certeza de final feliz. Nem são as pessoas previsíveis e descritas em pormenores como personagens de romance. Nem sempre conhecemos o bastante as pessoas nem elas nos conhecem tanto para adivinhar nossos sentimentos. Claro que há pessoas que tem visíveis seus sentimentos, estampados em suas faces, em seu sorriso, em seu olhar, em seu abraço, em seu tom de voz... Mas chegar a esse grau demanda um esforço tremendo. É preciso que se apague de nossa mente todo medo da rejeição e vergonha de ser “sensível”. Afinal, somos educados para demonstrar fortaleza e invencibilidade. Ninguém gosta de ser “vencido”. Nem pelo amor...
Outro dia, discutia isso com um amigo. Depois de declarar com todas as letras meu carinho e admiração, recebi de volta um comentário do tipo “E a Fulana? Tem falado com ela?”. Bom, esse “mudar de assunto” é coisa de quem, definitivamente, se sente constrangido em retribuir afeto. Porque tenho certeza da retribuição. O que faz então, que a pessoa se sinta tão arredia em dizer: “também te amo”? E aí, temos um belo enredo a “la José de Alencar”. E podemos passar anos sem saber exatamente o que um sente pelo outro. E quem sabe até ter uma separação dolorosa.
Mas, como sou to tipo “preciso ser amada”... Vem então a grande experiência dos romances: é preciso falar! Dizer por exemplo: “Acho que mereço mais do que isso...”. O mínimo que pode acontecer é levar um baita de um “pé na bunda”, do tipo: “Olha, eu não queria dizer não, mas, não retribuo seus sentimentos”. Ou então se pode ter o final feliz tão esperado. O The end depois do beijo final.
Mas, como sou to tipo “preciso ser amada”... Vem então a grande experiência dos romances: é preciso falar! Dizer por exemplo: “Acho que mereço mais do que isso...”. O mínimo que pode acontecer é levar um baita de um “pé na bunda”, do tipo: “Olha, eu não queria dizer não, mas, não retribuo seus sentimentos”. Ou então se pode ter o final feliz tão esperado. O The end depois do beijo final.
Não é melhor saber do que viver na expectativa? É isso aí. Palavras existem para serem ditas. Principalmente essas: Amo você!
EU AMO VOCE!!! Ja disse isso antes, vc sabe ...rs... alias, agradeco a Deus por nao sentir receio de dizer a uma pessoa o quanto gosto dela, mesmo qdo nao recebo ~all the love~ de volta ...rs... faz parte, Jesus nos ama, Deus nos ama e amar eh bom demais!
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